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(atadijos sin fraude) -equilibrios inefables-

domingo, 12 de septiembre de 2010

Ana Hatherly: "El nuevo flâneur"


O NOVO FLÂNEUR

I

O novo flâneur urbano
herdeiro
do velho alegorista baudelairiano
deambula
pelas grandes superfícies
do consumo
onde se exibem
da produção
os ruidosos traços
tudo está encenado
e entre a carência e a oferta
personagens principais
deste espectáculo
o novo flâneur
contempla
e depois sucumbe
no mercantil mar iluminado
onde cintila
a avidês jamais satisfeita
do mais querer
Porque algo sempre falta
e o desejo
tudo dilacera
numa batalha
de antemão perdida
em que o sangue-frio
não serve p´ra nada

Ana Hatherly
Itinerários
quasi edições, 2003

 esa avidez jamás satisfecha del querer más,  
porque siempre falta algo,
y el deseo todo lo dilacera

las ruidosas huellas de la producción
 .........


y me hace recordar este poema de Mario Cuenca Sandoval, "Bukowski en los grandes almacenes"



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